Sábado de festa na Escola de Artes Instituto Unimed-BH

A Unimed-BH recebeu nesta sexta (13/05) a visita de integrantes da Associação Norte-Americana de Cardiologia (American Heart Association). Por intermédio da Universidade Federal de Minas Gerais, a comitiva formada por enfermeiros, médicos cardiologistas e especialistas em inteligência artificial das Universidades de Boston, Massachussets, Stanford, Washington e Johns Hopkins veio conhecer o Sistema Integrado de Cuidado da Unimed-BH, utilizado no telemonitoramento de pacientes de alto risco.

O grupo pesquisa Ferramentas de Otimização Digital para pacientes com Insuficiência Cardíaca (Digital Optimization Toolkit for Heart Failure) e veio acompanhado dos professores da UFMG, Luisa Campos Caldeira Brant e Antônio Luiz Pinho Ribeiro, que também integram os estudos.

O telemonitoramento é realizado para pacientes de alto risco, entre eles pessoas com doenças renais, pulmonares e cardíacas graves, e também os que tiveram um acidente vascular cerebral.

Por meio de ferramentas de inteligência artificial, são avaliadas a vinculação médica, a utilização de recursos, além das comorbidades que geram risco. Toda a jornada assistencial do paciente fica disponível na plataforma para navegação do cuidado, e a atividade feita pelo profissional de saúde responsável pelo telemonitoramento é registrada na ferramenta, que foi desenvolvida pela Unimed.

Chris Longenecker, cardiologista da Universidade de Washington e especialista em implementação em saúde global, disse que o grupo formado pelas instituições está muito interessado em melhorar a qualidade do atendimento às pessoas com insuficiência cardíaca. “Sabemos que pacientes nessas condições têm outras complicações de saúde. O que mais me impressionou aqui é que vocês abordam a pessoa como um todo, cuidando não só do problema cardíaco, mas das outras condições também, controlando os riscos de saúde envolvidos. Eu acho essa abordagem mais abrangente muito importante para oferecer um cuidado melhor ao paciente”, disse.

Legenda:

A partir da esquerda: Fernando Martins Biscione (Inteligência de Dados Unimed-BH), Sérgio Bersan (Superintendente de Atenção à Saude, Unimed-BH), professor Antônio Luiz Pinho Ribeiro (UFMG), Samuel Flam (ex-diretor-presidente Unimed-BH e cardiologista), Luiza Brant (UFMG), Chris Longenecker (Washington), HongHuang Lin (Massachusetts), Erin Spaulding (Johns Hopkins), Frederico Peret (Diretor-Presidente Unimed-BH), Phillip Hwang (Boston), Alex Sandhu (Stanford), Annemarie Dusanek (Gerente Riscos em Saúde, Unimed-BH) e Maria da Glória Horta (Unimed-BH).

Unimed-BH apoia a ação e esclarece que a prevenção e os cuidados são a melhor maneira de evitar o aumento dos casos e sequelas  

No Brasil, cerca de 80% dos acidentes envolvendo queimaduras ocorrem em casa. Deste total, 40% das vítimas são crianças. A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) estima que, aproximadamente, 1 milhão de pessoas sofrem algum tipo de acidente com queimaduras. Para conscientizar a sociedade dos perigos e dos esclarecimentos necessários para a prevenção, a SBQ realiza o “Junho Laranja”. Este ano, a Campanha traz o tema “Comunidade Segura, livre de queimaduras”. A Unimed-BH apoia a ação, orientando a sociedade sobre a importância da causa.

As queimaduras representam uma condição séria para o atendimento à saúde, pois afetam pessoas de qualquer idade, causando muita dor, internação prolongada, sequelas e, em casos graves, levando à morte. “As crianças possuem uma curiosidade natural e os acidentes com queimaduras nessa faixa etária ocorrem, geralmente, por escaldamento – manipulação de líquidos quentes, como água, óleo, caldos ferventes. As mulheres também não escapam desta realidade com a predominância das queimaduras ocorrendo na cozinha, no ato de cozer alimentos ou problemas com botijão de gás”, comenta o cirurgião plástico Eduardo Luiz Nigri dos Santos, médico cooperado da Unimed-BH.

Os homens também sofrem com as queimaduras domésticas, muitas vezes, por causa das churrasqueiras e corrente elétrica. Os idosos representam mais um grupo de risco devido à menor capacidade de reação em virtude de alguma limitação pela idade avançada. O álcool líquido e outros inflamáveis são gatilhos de acidentes em qualquer idade.

“As queimaduras são lesões causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos, destruindo parcial ou totalmente a camada superficial da pele e podendo atingir camadas mais profundas, como o tecido subcutâneo, músculos, tendões e ossos”, explica Santos. Quanto a extensão, elas podem ser leves (atingem menos de 10% do corpo), médias (de 10% a 20%) e graves (mais de 20% da área corporal). O médico cooperado da Unimed-BH ensina que as queimaduras são classificadas também de acordo com a profundidade:

– 1º grau: atinge a camada superficial da pele (epiderme), apresentando vermelhidão, sem bolhas, discreto inchaço local e com presença de dor;

– 2º grau: atinge a epiderme e a derme (2ª camada da pele). Há presença de bolhas e dor mais intensa;

– 3º grau: atinge todas as camadas da pele, além de músculos e ossos. Ocorre a morte do tecido celular, ficando com características esbranquiçadas ou escuras. É indolor por causa das lesões nas terminações nervosas da região afetada.

ORIENTAÇÃO

Os primeiros socorros e o tratamento adequado fazem toda a diferença para uma recuperação ágil. “Para as queimaduras térmicas, esfrie a área queimada com água fria (nunca use gelo), cubra com um pano limpo ou gaze e remova imediatamente anéis, pulseiras e qualquer acessório antes que a área afetada comece a inchar. Em casos de produtos químicos, enxague o local com água fria corrente por, pelo menos, 20 minutos. Já se a causa for corrente elétrica, desligue a energia imediatamente, antes de verificar a vítima”, orienta o cirurgião plástico.

O médico também dá algumas dicas importantes sobre o que não se deve fazer:

– Não coloque nenhuma receita caseira, como pó de café, pasta de dente, óleo, manteiga…isso vai agravar a lesão;

– Nunca toque ou sopre a área lesionada para não a infectar;

– Nunca descole tecidos grudados na pele queimada ou retire corpos estranhos do local. As equipes de saúde estão habilitadas para fazer o procedimento de modo que não lesione mais o ferimento.

Nos casos de 2º e 3º grau, o serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU) deve ser acionado ou um Posto de Saúde mais próximo. Já para os casos de 1º grau, a consulta médica também é necessária para evitar cicatrizes e possíveis inflamações. “Somente o médico saberá como tratar cada tipo de queimadura, podendo usar pomadas calmantes e cicatrizantes, antibióticos e anti-inflamatórios, até cirurgias plásticas extensas com uso de enxertos de pele”, explica.

PREVENÇÃO

Para evitar qualquer tipo de queimadura, a prevenção é essencial. A Unimed-BH aconselha algumas medidas que podem evitar acidentes domésticos envolvendo queimaduras:

– Fique atento às panelas na hora em que estiver cozinhando e vire as alças para a direção traseira do fogão;

– Mantenha líquidos quentes fora do alcance de crianças;

– Mantenha os aparelhos elétricos longe da água;

– Teste a temperatura dos alimentos antes de servir as crianças;

– Mantenha produtos químicos, isqueiros e fósforos fora do alcance dos pequenos.

– Não forre a mesa da cozinha com toalhas de pontas para evitar que alguém puxe.

– Conscientize as crianças sobre os perigos das queimaduras, ensinando-as algumas medidas de prevenção.

– Não use isqueiros, fósforos ou mesmo tomadas elétricas logo depois de manusear álcool em gel. Muitos casos de queimaduras nas mãos acontecem assim.

– Quando estiver na cozinha ou em outras áreas quentes, como churrasqueiras, não use álcool para limpar superfícies ou as mãos. Prefira sempre água e sabão para as mãos e produtos desinfetantes, com ação virucida ou à base de hipoclorito de sódio 0,5%.