Nos últimos dias, os termômetros da capital mineira e região metropolitana de Belo Horizonte tem batido recordes. Sabe-se que as altas temperaturas tem impacto direto no bem-estar e saúde da população. Nas últimas duas semanas, a Central de leitos da Unimed-BH, por exemplo, registrou aumento de 30% na procura por internações de pessoas idosas. Nos pronto atendimentos da rede de serviços próprios da operadora também é possível observar na última semana um aumento de 40% de pacientes idosos com quadros graves, sobretudo no grupo acima de 80 anos. A tendência de alta ainda tem sido notada pela Gerência de Atendimento Móvel da Unimed-BH (GMOV), que faz o atendimento pré-hospitalar.
A cooperativa vem acompanhando com cautela os números e reforça o alerta à população para investir nos cuidados com hidratação e alimentação adequada. Segundo o clínico e cooperado da Unimed-BH, Último Libânio da Costa, a combinação de temperaturas elevadas e a vulnerabilidade dos idosos torna essencial uma resposta rápida e eficaz. Por isso, os familiares e cuidadores precisam ficar atentos a alguns sintomas como tonturas, confusão mental e fraqueza generalizada, que são alertas para a necessidade de cuidados imediatos.
O médico explica que os idosos têm reserva metabólica menor e o seu organismo tem capacidade de adaptação reduzida. “A oferta de água deve ser alternada com o de outros líquidos, como chás, isotônicos e sucos, desde que não haja a contraindicação clínica, pois o consumo exclusivo de água pode levar uma redução dos níveis de sódio no sangue. Além disso, é importante estar atento às medicações de uso contínuo, como diuréticos de alta potência. Uma pequena perda de líquido ou a redução da ingestão, pode desencadear a descompensação de doenças pré-existentes”, alerta.
De acordo com Libânio, a desidratação e a internação de idosos podem ser evitadas com cuidados como hidratação constante, mesmo que eles não solicitem ou manifestem sede; deixar as janelas sempre abertas; evitar o uso de agasalhos, permanência em ambientes quentes e abafados, banho de sol em períodos de temperatura mais elevada e o uso de cobertores na hora de dormir.
O especialista chama atenção, ainda, para o cuidado com as crianças, que também apresentam características específicas. “Elas têm uma área corporal menor e uma exigência metabólica e nutricional maior. Então, esses grupos extremos, são mais vulneráveis”, notifica.