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Dia do coração – Especialista da Unimed-BH destaca sobre a prevenção de doenças cardiovasculares

Sintomas cardiológicos pós-Covid devem ser observados e a prevenção é o maior remédio contra a mortalidade

As doenças cardiovasculares são as que mais matam no Brasil. De acordo com o Cardiômetro – indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no País, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são mais de 1.100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, um óbito a cada 1,5 minutos (90 segundos). As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que aquelas devidas a todos os tipos de câncer juntos, três vezes mais que as todas as causas externas (acidentes e violência), três vezes mais que as doenças respiratórias e seis vezes mais que todas as infecções incluindo a AIDS.

No Dia do Coração (29/09), o cardiologista e cooperado da Unimed- BH, José Pedro Jorge Filho alerta que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. Segundo ele, o diagnóstico precoce de problemas cardiovasculares nos mais jovens possibilita melhores tratamentos e controle mais rígido das doenças relacionadas ao coração. Ele enumera as principais doenças cardiovasculares:

  • Hipertensão arterial
  • Doença coronariana (doença isquêmica do coração)
  • Doença cerebrovascular
  • Doença arterial periférica;
  • Doença cardíaca reumática (doença valvar)
  • Cardiopatia congênita

SINTOMAS CARDIOLÓGICOS PÓS-COVID

De acordo com levantamento do American College of Cardiology, em relação aos pacientes hospitalizados pelo novo coronavírus, 50% possuíam doenças crônicas sendo que 40% possuíam doença cardiovascular ou cerebrovascular. Entre os casos fatais 86% tinham acometimento respiratório, desses 33% acometimento cardíaco associado e 7% acometimento cardíaco isolado.

José Pedro explica que, após uma infecção pela doença, em 30% até 40% dos casos pode haver persistência ou aparecimento de sintomas como um cansaço generalizado, palpitações, taquicardia, dor no peito, pressão alta que não existia antes ou piora de uma hipertensão que vinha sendo bem controlada com remédios, dispneia (falta de ar ou desconforto para respirar) e dificuldade ao realizar um esforço que antes era fácil de fazer.

“Esses sintomas podem surgir de duas semanas a até 12 meses após a infecção e nem sempre tem relação com a severidade do quadro inicial da Covid-19, podendo surgir mesmo após quadros leves da infecção”, reforça.

A PREVENÇÃO É O MAIOR REMÉDIO

O especialista alerta que, em caso dos sintomas pós-Covid, é importante uma avaliação com um cardiologista. “Na maioria das vezes, o quadro é autolimitado e desaparece após algum tempo sem necessidade de tratamento específico, mas exige que a pessoa fique um pouco mais restrita em atividades que exijam esforço, nesse período de convalescença. Mas um ou outro caso pode exigir tratamento, pois pode ser necessária medicação para taquicardia e outras arritmias e até mesmo insuficiência cardíaca, e também reajuste ou início de remédios para pressão alta” argumenta.

E, mesmo para quem não tem nenhuma comorbidade, algumas atitudes são importantes para a prevenção da saúde do coração, por isso, o médico recomenda: abandonar o sedentarismo; deixar de fumar; manter uma alimentação saudável; evitar o consumo excessivo de açúcar e ter cuidado com a ingestão de bebidas alcoólicas.

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