Escute a entrevista com o infectologista e cooperado da Unimed-BH, Estevão Urbano, sobre o atual momento da pandemia da Covid-19, ômicron, vacinação e influenza.
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Plataforma Viver Bem da Unimed-BH leva informação de qualidade para o público
A plataforma de conteúdo tem como finalidade a promoção da saúde e a oferta de informação de qualidade para o grande público
Cerca de 26% dos brasileiros recorrem primeiramente ao Google ao se depararem com um problema de saúde. Os dados são de um levantamento da própria companhia sobre como os brasileiros pesquisam e consomem informação de saúde no site de busca. Diante desse comportamento e do aumento das notícias falsas sobre o setor, com autores anônimos, informações imprecisas e fontes pouco confiáveis, a Unimed-BH decidiu investir em uma plataforma de conteúdo de promoção da saúde: https://viverbem.unimedbh.com.br/
A plataforma Viver Bem foi desenvolvida em parceria com a Superintendência de Atenção à Saúde da Unimed-BH, com o objetivo de ser um repositório de informações confiáveis sobre temas variados desde prevenção, saúde no trabalho e até maternidade. “A criação da plataforma veio da necessidade de oferecermos aos clientes e à comunidade como um todo uma fonte confiável de informação sobre saúde. Todas as matérias publicadas no portal são verificadas e validadas pela nossa área de Atenção à Saúde e isso traz mais segurança para quem consome a notícia”, explica a diretora Comercial e de Relacionamento Institucional da Unimed-BH, Mercês Fróes.
Outro ponto importante apontado pela diretora é o aumento das fake news na área de saúde e como as notícias validadas por fontes técnicas podem fazer a diferença. “Hoje em dia vemos um crescimento das notícias falsas e o impacto disso na saúde é enorme. A Unimed-BH já vem fazendo uma campanha sobre o tema junto aos seus cooperados e colaboradores e agora vamos levar essa iniciativa para o cliente final e para a comunidade como um todo”, reforça Mercês.
A plataforma Viver Bem está hospedada dentro do portal da Unimed-BH. Todos os temas foram baseados nas dúvidas mais frequentes dos clientes e em tendências de saúde e estão organizados por editorias: Qualidade de Vida, Prevenção e Controle, Saúde no trabalho, Maternidade, Para Participar (ações e eventos da Unimed-BH) e Conteúdos Gratuitos (materiais para baixar, como cartilha, vídeo, podcast e outros). A plataforma também será atualizada periodicamente e os clientes interessados poderão se cadastrar para receber as notícias com uma frequência pré-definida e diretamente por e-mail.
Infectologista e cooperado da Unimed-BH fala sobre a presença da variante Delta no país
O cooperado da Infectologia e integrante do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, Estevão Urbano, avalia os desafios impostos pela nova cepa do coronavírus surgida na Índia
A variante Delta, cepa do novo coronavírus identificada inicialmente na Índia que já se espalhou por 111 países, alcançou a circulação comunitária em algumas cidades do Brasil. Na última sexta-feira, dia 16, Rio de Janeiro e São Paulo confirmaram novos casos de pessoas infectadas com a variante. Segundo o infectologista cooperado da Unimed-BH e integrante do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 de Belo Horizonte, Estevão Urbano é possível que já tenhamos a circulação comunitária dessa variante em algumas partes do país.
“A transmissão comunitária ainda não é uma realidade estatística e oficial, pois não há cidades com 50 casos diagnosticados, condição técnica para essa classificação. No entanto, quando começam a aparecer os primeiros casos, possivelmente esse número já é bem maior”, explica o infectologista.
Até agora, 19 de julho, o Brasil registrou 97 infecções provocadas pela variante Delta, que resultaram em cinco óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde. O Rio de Janeiro é o estado com maior número de confirmações, 74, seguido por Paraná (9), Maranhão (6), São Paulo (3), Pernambuco (2), Goiás (2) e Minas Gerais (1), segundo última atualização da pasta.
Comportamento Imprevisível
Novas variantes já foram identificadas no Brasil, caso da Alfa, surgida no Reino Unido, e da Beta, na África do Sul. Porém, a variante originária no Norte do país, chamada Gama, acabou interrompendo a disseminação das concorrentes. Apesar desse histórico, o especialista cooperado da Unimed-BH afirma ser imprevisível o rumo que a variante Delta tomará.
“As variantes britânica e sul-africana foram freadas pela variante Gama, que se mostrou mais competitiva e acabou sendo uma cepa predominante no Brasil, respondendo hoje por mais de 90% dos novos casos. A dúvida é: a variante Delta é mais adaptável e vai superar a variante Gama ou vai haver um comportamento parecido com as outras? É absolutamente imprevisível”, pondera Estevão Urbano.
Novos Riscos
A grande preocupação com novas variantes do coronavírus é que surja alguma mutação capaz de furar a proteção proporcionada pelas vacinas hoje disponíveis. Estudos realizados no Reino Unido comprovaram que a taxa de transmissão da variante Delta é cerca de 60% maior do que a variante Alfa, sendo que esta última já tinha uma taxa de transmissão 50% maior em comparação com a cepa original do coronavírus.
Em outra pesquisa, publicada com participação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi detectado que a variante Delta pode aumentar o risco de reinfecções. O estudo indica que o soro de pessoas previamente infectadas por outras cepas é até 11 vezes menos potente contra essa variante viral.
“A Delta traz como maior risco a possibilidade de causar um repique na pandemia. Como ela é mais transmissível e nós não sabemos exatamente qual é a proteção que a vacinação ou a infecção prévia confere contra ela, sempre há um risco de assistirmos a um aumento do número de casos, internações e óbitos”, analisa Estevão Urbano.
A mutação gerou uma segunda onda mortal de infecções na Índia, país onde ela foi identificada em outubro de 2020. Ela também se tornou predominante no Reino Unido e em Portugal.
Em Israel, a variante Delta reduziu a eficácia da vacina da Pfizer de 95% para 64%, tratando-se da prevenção de infecções. No entanto, a eficácia para se evitar quadros graves se manteve. “A gente não sabe se isso será reproduzível no Brasil, até porque temos também as vacinas Janssen, CoronaVac e AstraZeneca. Mas, não deixa de ser animador que essa cepa foi contida, pelo menos para casos graves, nos indivíduos vacinados”, ressalta o infectologista.
Manter os Cuidados
Segundo Estevão Urbano, a pandemia está longe de ficar para trás. Ele relembra que o Brasil viveu um grande choque quando a média móvel alcançou 1.000 mortes por dia. “Nós ainda estamos com 1.200 mortes diárias na média móvel. Estamos com uma taxa de transmissão alta. Belo Horizonte, por exemplo, está com 200 casos por 100 mil habitantes”, alerta o especialista. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de COVID-19 no mundo cresceram continuamente nas últimas quatro semanas.
O especialista acrescenta que a melhora dos indicadores verificada recentemente não significa que a pandemia ficou para trás. “Temos esse problema das variantes, não sabemos como elas se comportarão e se poderão causar um recrudescimento dos casos. Ainda é cedo para comemorar. O que há é uma esperança, não o fim da pandemia”, conclui Estevão Urbano.