Estudos divulgados na revista Stroke mostram queaproximadamente 25% dos casos de AVC acontecem com pessoas com menos de 65 anos. Mulheres com menos de 35 anos têm 44% mais chances do que homens de sofrerem desse mal
O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como isquemia ou derrame cerebral, é uma das doenças que mais mata os brasileiros e a principal causa de incapacidade no mundo. Após ter um AVC, cerca de 70% das pessoas não retornam ao trabalho, devido às suas sequelas, e 50% ficam dependentes de acompanhamento diário. Segundo a organização Rede Brasil AVC, a enfermidade atingiu níveis alarmantes em 2022 como a principal causa de mortes no país no primeiro semestre de 2022, conforme o Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 vítimas fatais de AVC, número acima das mortes por infarto (52.665) e Covid-19 (48.865).
Segundo o cardiologista cooperado da Unimed-BH, José Pedro Jorge Filho, ao contrário do que muitos pensam, o AVC não atinge somente idosos e pessoas com problemas cardiovasculares, podendo ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças. O especialista informa que a “incidência vem crescendo entre os adultos mais jovens, com diagnósticos de 10% de pacientes com menos de 55 anos”. De acordo com a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization), estima-se que uma a cada seis pessoas no mundo terá uma isquemia cerebral ao longo de sua vida.
Outro dado que vem chamando a atenção dos profissionais de saúde é o aumento dos casos, principalmente entre mulheres. Hoje, aproximadamente 25% dos quadros de derrame acontecem com pessoas com menos de 65 anos. Estatísticas sobre essa diferença entre ambos os sexos foram temas de 16 estudos comparativos sobre acidentes vasculares cerebrais reportados pela revista científica ‘Stroke’, que apontou que mulheres com 35 anos ou menos tinham até 44% mais chances de sofrer um AVC, no comparativo com homens na mesma faixa etária.
“As mulheres são realmente mais suscetíveis à doença”, observa o cardiologista da Unimed-BH. “São vários os fatores que contribuem para o derrame acometê-las mais, como alterações hormonais durante a gestação, ocorrência de pré-eclâmpsia, a anticoncepção oral associada ao tabagismo, reposição hormonal durante menopausa e casos de enxaquecas com aura, quando associados à pílula e ao cigarro”, lista José Pedro Jorge Filho. Ele ainda constata que mulheres são mais sensíveis ao uso abusivo do álcool e do tabaco, dois facilitadores da doença, principalmente quando já houver casos na família.
Campanha Unimed-BH alerta para os perigos da doença
Para alertar a população sobre os perigos do derrame cerebral, a Unimed-BH preparou um material completo com orientações sobre como prevenir e identificar sinais e sintomas, além de um guia sobre e cuidados do paciente pós-AVC. O conteúdo traz dicas valiosas e ilustrações didáticas sobre o assunto e está sendo divulgado em todas as redes sociais e em áreas internas de suas unidades e, ainda, na plataforma de conteúdo da Unimed-BH Viver Bem. Clique: AVC: causas, diagnóstico e como prevenir o derrame cerebral (unimedbh.com.br)
Sistema Cuidado Integrado
Para promover um cuidado cada vez mais humanizado e personalizado para os clientes, a Unimed-BH criou o Sistema Cuidado Integrado, uma plataforma que permite que uma equipe multidisciplinar faça o monitoramento e telemonitoramento de pacientes de alto risco. Entre os pacientes de alto risco que são monitorados estão os que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC). Toda a jornada assistencial do paciente fica disponível na plataforma para navegação do cuidado, e a atividade feita pelo profissional de saúde responsável pelo telemonitoramento é registrada na ferramenta, que foi desenvolvida pela equipe interna da Unimed-BH.
Trata-se de um modelo de atenção longitudinal que conecta profissionais de saúde e pacientes, visando uma jornada de cuidado qualificada com ações de acordo com suas necessidades específicas. No caso de pacientes que tiveram alta por um AVC, o direcionamento do percurso assistencial é realizado conforme escala de Barthel. O Índice de Barthel é um instrumento amplamente usado no mundo para a avaliação da independência funcional e mobilidade e é utilizado para medir a capacidade do paciente para realizar as atividades de vida diária. “A nossa plataforma permite um acompanhamento de todo o percurso assistencial dos pacientes, a fim de que possamos auxiliá-los de acordo com suas necessidades específicas”, afirma Annemarie Dusanek, gerente de Riscos em Saúde da Unimed-BH.